Por que SEF ainda não saiu?

Ausência

Ela, Bella, marcas da vida tão profundas.
Um abismo de desolamento e tristeza,
Depreciativa plenitude.
À solidão parceira, total solicitude.
Ela, oh bela! Em ambientes de tons e pigmentos,
Não enxerga mais cor.
Sua mente, nebuloso terreno,
Afundada em dores e desamor.
Uma prisão de pesar, renúncia ao coração,
De lástima se perde então.
Ela, Bella, marcas irreparáveis,
Nenhum apoio.
Pessoas cheias de si, ausência de consolo.
Um silêncio, turbilhão de gritos.
Clamando. Socorro!
Uma vida, já perdida,
Sem Paz a alcançar.

Poema autoral. Proibida reprodução sem autorização prévia da autora.

Mari L

Há uma irrisória liberdade
Nessa desnuda democracia.
Dominados, Oprimidos,
Estão famintos por soberania.
Vozes desconhecidas e encarceradas
Borbulham sob uma justiça tênue.
Um bradar único, encantador se faz
Presente!
Resistência opulenta, celebrada,
Pela luta, açoitada.
Sua carne, banquete para atrozes.
Palavras ao pó,
Tornar-se cinzas.
Uma alma suspensa, reprimida,
Ressurge fênix.
Há um matadouro político,
Bomba-relógio à sociedade.
Formigueiros inundam ruas,
Um pulso interrompido ecoa em milhares.

Poema autoral. Proibida reprodução sem autorização prévia da autora.