Desabafo!

Curiosidades, Informação, Meus Escritos
Bom dia, pessoal!

Bom, na semana passada, surfando na net, mais precisamente em alguns blogs literários, eu li a informação de que uma grande Editora Nacional havia adquirido direitos para a publicação de um livro do gênero New Adult, o Real da autora estrangeira Katy Evans. Eu li o mesmo em e-book e você pode conferir a resenha dele clicando aqui

Não sei se vocês sabem, mas eu tenho um livro do mesmo gênero que essa autora, o Seguindo em Frente (que está assinado com meu pseudônimo Angeline Sophie), o qual tive dificuldade econômica para publicar, pois as editoras nacionais cobram muito caro nos serviços editoriais para autores iniciantes (essa mesma editora, que não citei o nome por motivos éticos, me cobrou R$ 17500,00 só pra você ter uma ideia), e porque uma outra não teve muita confiança em investir justamente por fazer parte desse novo gênero literário, e por fim acabei optando por uma publicação independente. 

A questão nisso tudo é a ironia e a falta de valorização com o que emana do próprio berço (e falo em questão de nacionalidade). Segundo essa Editora, com este livro estrangeiro ela irá adentrar ao gênero do New Adult. Eu simplesmente fiquei irritada com isso… Como assim? Quer dizer, é mais fácil se valorizar um livro de um gênero novo por ele ser estrangeiro, quando em terras nacionais existem autores que já escrevem nesse estilo? 

E, por favor, não achem que me irrito só me apegando a uma ofensa pessoal. Falo dessa NÃO valorização em nome de autores amigos meus e de outros que apenas conheço o trabalho, e que ainda estão no anonimato, trilhando vagarosamente seu caminho em busca de espaço, porque não encontram editoras que apostem nos trabalhos deles. E o que mais me deixa indignada é que muitos títulos estrangeiros viram ‘diários escritos por um colegial’ ou puramente ‘meio de jogar dinheiro fora’ se comparados a alguns títulos nacionais de estórias, escritas e enredos maravilhosos.

E essa questão do preconceito com o que é nacional vai além das editoras, e se estende a muitos leitores (infelizmente) que só respeitam e tem apreço com o que é de fora. Cansei de ir até as livrarias e ver pessoas passarem distante dos corredores ou estantes cujos livros são da literatura nacional. 

Aí você vai me dizer: “mas, Susane, muitos livros nacionais são bem mais caros que os livros estrangeiros”. E eu te respondo: “sim, de fato, são”. E eu resmungava muito sobre isso antes de passar da cadeira de leitor para a de autor e perceber o porque dos preços altos. E te garanto que sofro com um maior impacto por conta das dificuldades existentes no Brasil quanto ao meio literário. Aqui não há incentivo à leitura, o processo de produção e publicação de livros ainda são caros, com valores abusivos cobrados pelas editoras, valores exorbitantes, o que sobra também para o seu bolso, caro leitor. E essa é uma realidade que só mudará a passos de tartaruga, e se mudar!

Tudo o que posso garantir é que, como brasileira que sou (não desisto nunca! rsrs), tenho como planos continuar escrevendo porque é algo que amo fazer, algo que me estimula, satisfaz, me alegra. E mesmo diante dessas dificuldades, acredito que não há sonho que possa ser realizado se eu, inicialmente, não acreditar nele. 

E para quem ainda desconhece e não sabe sobre o tal gênero New Adult, segue abaixo definições sucintas sobre o mesmo:

New Adult’ é uma terminologia proposta pela primeira vez em 2009 pela editora  St. Martin’s Press, que a utilizou para definir uma nova categoria de ficção para jovens adultos. O interesse da editora era abordar o período da ‘maior idade’, buscando histórias sobre jovens que são legalmente adultos, mas que ainda estão encontrando seu caminho na construção de uma vida adulta, ou seja, que procuram descobrir o real significado de ser um adultoNas palavras de JJ em St. Martin“New Adult é sobre a idade jovem-adulta, quando você é um adulto, mas não estabeleceu a sua vida como um (carreira, família, tudo o que você tem, etc.).” [créditos para o site http://www.livrosefuxicos.com%5D
“New Adult nos apresenta livros para jovens, com protagonistas entre seus dezoito a vinte e poucos anos, saindo da adolescência e entrando na vida adulta. Estes livros abordam temas geralmente polêmicos e de teor um pouco mais forte que os YA. Mostrando histórias onde os protagonistas enfrentam o primeiro emprego, o primeiro amor, problemas familiares, problemas na faculdade, problemas amorosos, problemas e mais problemas. Além de conflitos de sentimento, personalidade e de decisões. Também, em muitos destes livros, há um teor sexual (mas não sendo considerado erótico) entre outros temas abordados.” [Créditos para o blog Restrita Estante].  

Desculpem pelo estouro, mas estava precisando 
compartilhar isso com vocês…
Por hoje fico aqui!

P.S.: Para quem acompanha o meu conto ‘Apaixonante Submissão’, no máximo quarta-feira, estarei postando o 4º capítulo, e por favor, não se sintam inibidos em me cobrar! Seu interesse é muito importante para mim.